A melhor dieta é não fazer dieta

Fazer dieta é tão corriqueiro em nossas vidas que a gente acha até estranho quando alguém não tem uma para começar na segunda-feira.

Se temos que recomeçar a cada semana, será que ela está realmente funcionando?

Para alcançar uma mudança duradoura, precisamos de medidas que durem mais do que sete dias. Quando fazemos dieta e restrições alimentares, devemos estar cientes que elas (estatisticamente) não dão certo.

A Organização Mundial da Saúde aponta que 95% das pessoas que fazem dieta e perdem peso, não conseguem manter o peso perdido, principalmente por fazerem dietas muito restritas e que são impossíveis de serem mantidas a longo prazo. A ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica) não indica dietas com grande restrição calórica para perda de peso, pois a perda não será duradoura.

A verdade é que se dieta restritiva funcionasse e nos mantivesse no peso “ideal”, só existiria uma dieta e todos nós faríamos ela. E não é isso que acontece.

Então, como fazer para ter o peso que gostaríamos sem fazer dieta?

Primeiro precisamos entender o seguinte: 

“Como” nos alimentamos é tão importante quanto o “com que” nos alimentamos.

Comer é uma das únicas coisas que vamos fazer todos os dias, desde o nosso nascimento até nosso último dia. Ao longo da vida, vamos construindo nosso comportamento alimentar que influencia nas nossas escolhas alimentares e também na quantidade de alimentos que ingerimos.

Sabendo disso, precisamos entender também que esse comportamento pode ser revisitado, reavaliado e mudado se necessário, e isso vai ter um impacto muito mais duradouro na sua forma de comer e em seu peso. Muito mais que se tentar cortar os carboidratos por alguns meses.

dieta equilibrada
Imagem: GettyImages

Caso você seja essa pessoa – como muitas no mundo – que já fez várias dietas e restrições e segue “lutando” contra uma flutuação de peso que não te agrada, que tal pensar em aos poucos reavaliar os seus comportamentos alimentares?

Comece a prestar atenção no seguinte:

  • Se você está se alimentando quando está com fome ou apenas por que a comida está disponível?
  • Será que após tanta restrição, os alimentos passaram a ter valor moral dentro do seu dia a dia, fazendo com que você consuma alimentos apenas por que eles são “mais saudáveis” ou “um prêmio por serem muito gostosos”?
  • E pense: o que você consegue mudar hoje e manter até o ultimo dia da sua vida, sabendo que até lá você irá comer, se nutrir e se alimentar?

Beatriz Camargo é nutricionista especializada em doenças crônicas e nutrição comportamental. Acompanhe ela no Instagram.

Nutricionista especializada em doenças crônicas e comportamento alimentar. Ajudo pessoas a reconhecer, entender e melhorar sua relação com a comida em busca de uma saúde física, mental e social mais completa.

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